Elogio inteligência x esforço - Coaching Esportivo - Linhares Coach

Elogio inteligência x esforço – Coaching Esportivo – Linhares Coach

 

Elogio inteligência x esforço – Em 1998, Carol Dweck e um colega selecionaram 400 alunos da quinta série e lhes deram uma série de problemas simples para resolver. Depois disso, cada um dos alunos recebeu sua pontuação e algo mais: algumas palavras de elogio. Metade dos alunos foi elogiada por sua inteligência: “Você deve ser bom nisso!”. A outra metade foi elogiada por seu esforço: “Você deve ter se esforçado bastante!”.

Dweck queria testar se estas simples palavras, com suas sutis nuances na ênfase, poderiam causar alguma diferença na mentalidade destes alunos; se elas poderiam moldar a sua atitude em relação ao sucesso e ao fracasso; se elas poderiam ter um impacto mensurável na persistência e no desempenho.

Os resultados foram notáveis.

Depois do primeiro teste, os alunos puderam escolher se queriam um teste difícil ou um teste fácil. Um total de dois terços dos alunos elogiados pela inteligência escolheu a tarefa fácil: eles não quiseram arriscar perder seu rótulo de “espertos” fracassando potencialmente em um teste mais difícil. Contudo, 90% do grupo elogiado por seu esforço escolheu o teste difícil: eles não estavam interessados no sucesso, mas em explorar um desafio potencialmente frutífero. Eles queriam apenas provar que eram esforçados.

Depois, os alunos receberam um teste tão difícil que nenhum deles conseguiria realizar. Mas, novamente, houve uma diferença dramática no modo como responderam ao insucesso. Aqueles elogiados pela inteligência interpretaram seu fracasso como prova de que realmente não eram bons em resolver problemas. O grupo elogiado pelo esforço se saiu muito melhor no teste, aproveitou muito mais e não sofreu qualquer perda de confiança.

Finalmente, a experiência fechou o círculo, dando aos alunos uma chance de fazer um teste com o mesmo grau de dificuldade do primeiro. O que aconteceu? O grupo elogiado pela inteligência apresentou um declínio de 20% no desempenho se comparado com o primeiro teste, apesar do segundo não ser mais dificil. Mas aqueles do grupo elogiado pelo esforço aumentou sua pontuação em 30%: o fracasso, na verdade, os encorajou.

E todas estas diferenças transformam-se verdadeiramente na/ em diferença devido a algumas simples palavras faladas depois do primeiro teste.

Dweck e seu colega pesquisador ficaram tão surpresos com estes resultados que repetiram a experiência três vezes, com alunos de diferentes partes do país e com os mesmos históricos étnicos. Em todas as três ocasiões, as conclusões foram idênticas. “Estes foram alguns dos resultados mais claros que já presenciei”, Dweck disse. “Elogiar a inteligência das crianças prejudica sua motivação e também seu desempenho”.

Fonte:

Salto para o sucesso: Mozart, Federer, Picasso, Beckham, e a ciência do sucesso / Matthew Syed ; prefaciado por Wolfgang Puck; – Rio de Janeiro, RJ: Alta Books, 2012. pág 129-131.

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