Sistema digestório
Nosso sistema digestório ou gastrointestinal é responsável pela digestão dos alimentos, transformando-os em moléculas menores, os nutrientes que serão absorvidas pelo organismo. Assim, seleciona o que vai ou não ser absorvido. Ele também controla a inscrição daquilo que deve ser eliminado, seja através de fezes ou por destoxificação. Essas funções são cruciais para o organismo, pois são os nutrientes que formam, mantêm e renovam as células, garantindo uma boa saúde (Carreio, 2016, 2).
Intestino pode ter de 8 a 10 metros, com superfície total de 400 metros quadrados, em média, formando a maior Barreira do nosso organismo, ou seja, e a maior área exposta ao meio ambiente e, portanto, mais sensível as substâncias agressivas e imunogênicas. Quando saudável, é dotado de uma enorme capacidade para selecionar os nutrientes necessários ao funcionamento do organismo e impedir a absorção dos seus agressores. Daí a importância da integridade fisiológica e funcional de sistema.
A microbiota presente no sistema gastrointestinal, em maior proporção no intestino, determina-se o funcionamento na plenitude. Sem a presença de uma comunidade de microrganismos o intestino não tem como exercer praticamente nenhuma das suas funções, imprescindíveis para a regulação de todo o organismo. […]
O sistema digestório é tão importante para a manutenção de todas as funções do organismo que possui um sistema nervoso autônomo denominado SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO, que começa no esôfago e se estende até o ânus. O intestino é o único órgão que contém um sistema nervoso capaz de medir reflexos na total ausência de informações do cérebro ou da medula espinhal.
Sistema digestório – Neurônios
O número de neurônios nesse sistema entérico é de cerca de 100 milhões, quase o mesmo que em toda a medula espinhal. Isso faz com que o intestino seja o único órgão do corpo humano capaz de executar funções independentemente do sistema nervoso central. […] hoje sabemos que as funções do intestino são muito mais abrangentes: digestória, absortiva, escretória, imunológica, neurológica,
endócrina e destoxificante (Carreio, 2016, p. 35-36).
Os 100 milhões de neurônios do intestino são ligados ao Sistema Nervoso Central por apenas 3 mil neurônios, o que lhe permite ter autonomia, razão pela qual foi chamado de 2º cérebro ou órgão inteligente! E mais, entre 90 e 95% da serotonina (neurotransmissor da felicidade) é produzida na mucosa intestinal! A acetilcolina, dopamina, hormônio do crescimento, entre outros, também são ali produzidas. Em complemento, mais de 80% de nossa imunidade se relaciona diretamente com os intestinos! Em grande parte, o funcionamento de nosso cérebro é definido nesse sistema (Carreio, 2016; Faintuch, 2016). Passaremos agora ao aspecto coletivo dessa estrutura: microbioma ou microbiata intestinal.
Fonte:
CARREIO, D. M. Alimentação e distúrbios do comportamento. 3. ed. São Paulo: Denise Madi Carreiode, 2017.
FAINTUCH, J. Microbioma, disbiose, probióticos e bacterioterapia. Barueri: Manole, 2016.