Estimulando o cérebro

LivrosTeste. Por Thiago Linhares Postado em 01 de Maio de 2024.

Estimulando a plasticidade: práticas neuróbicas

Todo aprendizado necessita de plasticidade; então, quanto mais aprendemos, mais modificamos nosso cérebro, que funciona por demanda e por ação. Quanto mais precisamos dele para enfrentar situações, e quanto mais o utilizamos, mais o desenvolvemos. E são as situações ou atividades novas que mais demandam de nosso cérebro e o fazem melhorar. Nossas atividades do dia-dia são compostas por rotinas que se repetem a vão sendo executadas de maneira cada vez mais automática, que apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual e o tempo gasto, escondem um efeito perverso: limitam o cérebro. Com o avanço da idade os neurônios do cérebro vão restringindo a capacidade de formar novas sinapses, e ainda, por falta de estímulos, há o risco de perder as antigas. Para contrariar essa tendência é necessário praticar exercícios “cerebrais” que venha a estimular o maior número de neurônios a funcionarem. Estes estímulos nos neurônios levam as células chamadas de gliócitos, dentre elas o principal é o astrócito, a produzirem neurotrofinas. Estas substâncias produzem reações hipertróficas nos neurônios, fazendo com que seus dendritos se ramifiquem e cresçam em direção a outros neurônios, integrando-os às vias nervosas (Chelles, 2012, p. 1). A plasticidade pode ser estimulada pela realização de atividades diferentes das que estamos acostumados, ou quando fazemos as mesmas atividades de forma diferente. É como se fosse uma ginástica para o cérebro – chamada de neuróbica, expressão desenvolvida pelos neurocientistas Lawrence Katz e Manning Rubin (2010), que relacionaram ao cérebro a expressão “Use-o ou perca-o”. Em síntese, ao nos envolvermos com práticas novas, ou feitas de uma maneira diferente, estimulamos nosso cérebro à criação de novos neurônios e novas sinapses. Um exemplo é a realização de atividades com a mão não dominante, como escrever, usar o mouse do computador. Tomar banho, selecionar roupas para usar e caminhar pela casa com os olhos fechados também são exemplos de atividades neuróbicas. Explorar melhor nossos sentidos menos desenvolvidos (a visão é o nosso sentido dominante), fazer exercícios mentais, como resolver charadas, jogos, cálculos etc. e, por fim, envolvermo-nos em atividades artísticas, sociaisafetivas e físicas diversas. Todos são exemplos de possibilidades neuróbicas.

Fonte:

CHELLES, R. de C. F. Neuróbica, ginástica para o cérebro: levantamento do atual estado da arte deste tema. 2012. 21 f. Trabalho (Conclusão de Curso Pedagogia) – Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2012. COSENGA, R. M.; GUERRA, L. B. Neurociência e Educação. Porto Alegre: Artmed, 2011. DOUGLAS, K. et al. Nove passos para um cérebro mais inteligente. Mente & Cérebro, ano XIV, n. 171, p. 33-41, abr. 2007. KOLB, B.; WHISHAW, I. Q. Neurociência do comportamento. Barueri: Manole, 2002.

Fonte

CHELLES, R. de C. F. Neuróbica, ginástica para o cérebro: levantamento do atual estado da arte deste tema. 2012. 21 f. Trabalho (Conclusão de Curso Pedagogia) – Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2012. COSENGA, R. M.; GUERRA, L. B. Neurociência e Educação. Porto Alegre: Artmed, 2011. DOUGLAS, K. et al. Nove passos para um cérebro mais inteligente. Mente & Cérebro, ano XIV, n. 171, p. 33-41, abr. 2007. KOLB, B.; WHISHAW, I. Q. Neurociência do comportamento. Barueri: Manole, 2002.

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