Dê o play na sua mente - Psicologia do Esporte - Linhares Coach

Dê o play na sua mente – Psicologia do Esporte – Linhares Coach

Dê o play na sua mente – Visualização: ¨Rode o vídeo! ¨. Se houvesse uma realeza de foco, o nadador Michael Phelps certamente estaria entre os de sangue azul.

Mas um dos gatilhos disso ocorreu quando ele tinha 13 anos e seu coach, Bob Bowman, pediu-lhe que nadasse ¨na cabeça¨, como se desse o ¨play¨ em um vídeo mental. O treinador sugeria filmes específicos, por exemplo: ¨Veja a si mesmo nadando os quatrocentos medley individuais do campeonato nacional¨.

Os vídeos deveriam mostrar as provas como Phelps queria que fossem e como não deveriam ser. O nadador então, aprendeu a rodar o vídeo toas as noites, antes de dormir. Depois, começou a visualizar também de manhã, ao acordar.

O fato de contar seu número de braçadas nos treinos reais o ajudava na visualização, porque ele fazia a contagem. Eram 21 braçadas em cinquenta metros no nado borboleta, por exemplo. Com o tempo, no treinamento, Bowman transformava um pouco do vídeo em realidade, dizendo algo como: ¨Rode o vídeo e faça uma piscina na mesma velocidade do vídeo¨.

Simulações: ¨A diversidade é a melhor professora¨, disse Bob Bowman. Por isso, ele sempre tentou ensaiar situações adversas com seus nadadores nos treinos, fazendo-os nadar sob pressão, em vez de fazer tudo aparecer perfeito.

Uma simulação que ficou famosa aconteceu por acaso com Michael Phelps, quando ele treinava em Michigan e, de repente, acabou a luz. Bowman, com sua crença na imperfeição, pediu a ele para nadar no escuro. ¨Foi bom faltar energia elétrica, assim você nada com outros sentidos, e não com a visão. E você sempre pode contar as braçadas.¨

E não é que, no campeonato mundial de 2007, em Melbourne, Austrália, seus óculos se encheram de água nos últimos cinquenta metros dos duzentos medley individual? Phelps precisou nadar de olhos fechados e seu foco não se alterou; sabia que eram 21 braçadas e bateu o recorde mundial.

Fonte:

Salibi Neto, José. O algoritmo da vitória. – São Paulo: Planeta do Brasil, 2020. Pág 80 e 83.

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