Processos e intervenções psicológicas em atletas lesionados e em reabilitação - Coaching ESportivo - Linhares Coach

Processos e intervenções psicológicas em atletas lesionados e em reabilitação – Coaching ESportivo – Linhares Coach

Processos e intervenções psicológicas em atletas lesionados e em reabilitação – As técnicas de visualização mental apresentadas por Smith
et al. (1990) consistem em treinos de imaginação, que podem ser
realizados por três modos distintos:

a) o atleta se imagina realizando
movimentos os quais está impedido ou tem dificuldades de execução;

b) imagina-se fisicamente curado e com bom condicionamento, obtendo o reconhecimento e os prêmios pelo alto desempenho no esporte;

c) imagina-se em processo de cura, como, por exemplo, os tecidos sadios invadindo e substituindo os lesionados.

Sabe-se que, no mínimo, as técnicas de imaginação motivam os atletas para o processo dereabilitação. Além disso, é possível que a primeira técnica de visualização apresentada substitua, em parte, o treinamento técnico, de modo que o atleta minimiza suas perdas de habilidades. De qualquer forma, a prática dos técnicos e atletas tem demonstrado a eficiência da visualização mental, assim como aponta Rúbio (2008).

Inclusive, atletas lesionados têm utilizado técnicas de visualização
mental para testar e praticar exercício de reabilitação, manter atitude positiva e aumentar seus níveis de motivação, relaxamento e autoconfiança; já no período de retorno às atividades esportivas, os treinos de visualização têm sido utilizados para facilitar a reaquisição de habilidades motoras, o controle de ansiedade, e reduzir os níveis de frustração em relação ao próprio desempenho, bem como, para aumentar a autoconfiança (Hare & Evans, 2008).
Ross e Berger (1996), utilizando o método de inoculação de estresse descrito por Wells, Howard, Nowlin e Vargas (1986), testaram seus efeitos sobre a dor pós-cirúrgica e a reabilitação em atletas que sofreram cirurgias no joelho.

Os participantes do grupo experimental, tratado com cirurgia, fisioterapia e Treino de Inoculação de Estresse, precisaram de menos tempo de reabilitação, e apresentaram menos queixas de ansiedade e dor pós-cirúrgica, do que aqueles do grupo controle, tratado apenas através de cirurgia e fisioterapia. Resultados similares foram encontrados com Maddison e Prapavesis (2005).

Fonte:

Hare, R. & Evans, L. (2008). Imagery Use During Rehabilitation From
Injury: A Case Study of an Elite Athlete. The Sport Psychologist, 22: 405-422.

Maddison, R. & Prapavessis, H. A (2005). Psychological approach to
the prediction and prevention of athletic injury. Journal of Sport and Exercise
Psychology, 27, 289-310.

Ross, M. J. & Berger, R. S. (1996). Effects of Stress Inoculation Training
on Athletes’ Postsurgical Pain and Rehabilitation After Orthopedic Injury. Journal
of Consulting and Clinical Psychology, 64(2): 406-410.

Rubio, K. .(2008). Imaginação e Criação de Estados Mentais. Revista
Brasileira de Psicologia do Esporte, 2: 01-22.

Smith, A. M., Scott, S. G. & Wiese, D. M. (1990). The psychological
effects of sports injuries coping. Sports Medicine, 9(6), 352-369.

Wells, J. K., Howard, G. S., Nowlin, W. F. & Vargas, M. J. (1986). Presurgical
anxiety and postsurgical pain and adjustment: Effects of a stress inoculation
procedure. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 54: 831-835.

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