Plasticidade cerebral - Coaching do Esporte - Thiago Linhares Coach

Plasticidade cerebral – Coaching do Esporte – Thiago Linhares Coach

Plasticidade Cerebral 

O desenvolvimento do sistema nervoso traz modificações sucessivas, que tendem a seguir uma programação interna, genética, que é modelada pela interação ambiental, principalmente após o nascimento. Tais modificações não ocorrem apenas durante o desenvolvimento do sistema nervoso, mas ao longo de toda a vida, ainda que numa proporção menor, como veremos, explorando a plasticidade cerebral:

Plasticidade cerebral se refere alterações vitalícias na estrutura do cérebro que acompanham a experiência. Esse termo sugere que o cérebro é maleável, como o plástico, e pode ser moldado em diferentes formas, pelo menos em nível microscópico. Os cérebros expostos a diferentes experiências ambientais, são moldados de forma diferente. Por ser parte de nosso ambiente, a cultura ajuda a moldar o cérebro da espécie humana.

Poderíamos, portanto, esperar que pessoas em diferentes culturas adquirissem diferenças na estrutura cerebral cujo efeito sobre os seus comportamentos fosse permanente.

A plasticidade cerebral não se deve apenas a resposta a eventos externos ao organismo, mas também a resposta a eventos internos, incluindo efeitos hormonais lesões e genes anormais. O cérebro em desenvolvimento, desde o início da vida, é essencialmente responsivo a esses fatores internos, que, por sua vez, alteram a forma que o cérebro reage às experiências externas (Kolb; Whishaw, 2002, p. 259-60).

Pensando em termos de programação genética, vemos que ao longo dainfância existe um aumento progressivo das conexões sinápticas, o que é reduzido na adolescência. Esse processo, que conduz à idade adulta, busca otimizar o potencial de aprendizagem, pela redução da taxa de aprendizagem com o aumento da capacidade de refletir sobre os aprendizados anteriores (Cosenga; Guerra, 2011).

Complementando, na interação com o ambiente a plasticidade mostra utilidade essencial, visto que a maior parte de nossos comportamentos são apreendidos: O treino e aprendizagem podem levar a criação de novas sinapses e a facilitação do fluxo da informação dentro de um circuito nervoso.

É o caso do pianista, que diariamente se torna mais exímio porque o treinamento constante promove alterações em seus circuitos motores e cognitivos, permitindo maior controle e expressão na sua execução musical. Por outro lado, o desuso, ou uma doença, podem fazer com que ligações sejam desfeitas, empobrecendo a comunicação nos circuitos atingidos (Cosenga; Guerra, 2011, p. 36).

Quando aprendemos coisas novas com base nas existentes, aumentamos a complexidade das ligações neuronais anteriores e produzimos ligações novas.

A grande plasticidade no fazer e no desfazer as associações existentes entre as células nervosas é a base da aprendizagem e permanece, felizmente, ao longo de toda a vida. Ela apenas diminui com o passar dos anos, exigindo mais tempo para ocorrer e demandando um esforço maior para que o aprendizado ocorra de fato (Cosenga; Guerra, 2011, p. 36).

Fonte:

COSENGA, R. M.; GUERRA, L. B. Neurociência e Educação. Porto Alegre: Artmed, 2011.

KOLB, B.; WHISHAW, I. Q. Neurociência do comportamento. Barueri: Manole, 2002.

Posts recomendados

Deixe um comentário