Visualização - Coaching Esportivo - Linhares Coach

Visualização – Coaching Esportivo – Linhares Coach

Martin (2001) esclarece que esta deve estar inserida na rotina previamente planejada dos atletas. Inicialmente prepara-se o roteiro com as cenas que serão imaginadas. Esta etapa ocorre em conjunto com o atleta e, se necessário, com o(s) profissional(is) que o acompanha(m), dependendo do objetivo de seu uso.
O autor atenta aos seguintes aspectos durante esta etapa:
 O roteiro de cenas será criado e adaptado às necessidades, capacidades e objetivos do atleta. A ideia é que este seja inserido na rotina do indivíduo e, por isso, estes aspectos devem ser previamente planejados.
 Consideram-se detalhes ligados aos aspectos físicos do movimento,
 às características do ambiente,
 características da tarefa que será imaginada,
 situação ou contexto no qual o movimento será realizado na imaginação,
 e emoções ideais associadas ao momento de sua execução no ensaio mental.
 Leva-se em conta, ainda, a perspectiva de imaginação – preferencialmente que o atleta se imagine realizando, percebendo o próprio corpo em primeira pessoa; se não conseguir, pode iniciar a prática observando-se na perspectiva externa, em terceira pessoa.
Weinberg e Gould (2017) destacam a importância de que, previamente, se verifique a habilidade do atleta de imaginar as cenas. Estes podem apresentar dificuldade em realizar esta técnica, imaginando cenas com pouca nitidez e, por vezes, que não conseguem controlar. Tentam imaginar-se executando a tarefa corretamente, porém espontaneamente imaginam-se errando. Nestes casos, a habilidade psicológica de mentalização deve ser treinada gradativamente, até que seja aprendida.
Recomenda-se que para sua prática seja escolhido um ambiente adequado, associado ao contexto esportivo e no qual o atleta se sinta bem. É interessante realizar um aquecimento prévio à técnica, com algumas respirações profundas ou, se necessário, relaxamento. Finalmente, identificar as expectativas do praticante em relação ao seu uso e os efeitos provocados por ela, já que esta não substitui outras práticas específicas no desenvolvimento das diversas habilidades esportivas (WEINBERG; GOULD, 2017).
Complementarmente, os autores sugerem que a natureza das cenas varie, com tarefas do ponto de vista técnico, tático, físico e psicológico; que, nestas, o atleta imagine toda a execução da tarefa com a máxima perfeição possível, assim como o resultado final. No preparo do roteiro podem ser utilizadas cenas gravadas, durante a prática da imaginação o atleta deve imaginar-se na situação real e, ao final pode emitir feedbacks sobre a qualidade da imaginação, a fim de aperfeiçoar sua habilidade de mentalização.

Thiago Linhares

Fonte:

WEINBERG, Robert; GOULD, Daniel. Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. Tradução: Maria Cristina Gulart Monteiro, Regina Machado Garcez.
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Visualização – Coaching Esportivo – Linhares Coach

Por incrível que pareça, pesquisas conduzidas na prestigiosa Cleveland Clinic sugerem que o simples ato de visualizar comportamentos saudáveis, como fazer exercícios físicos, pode ter efeitos semelhantes aos próprios comportamentos.

Guang Yue comparou pessoas que passaram um determinado número de horas por semana se exercitando na academia com pessoas que passaram o mesmo período realizando um vívido “exercício virtual” mental. Como era de esperar, as pessoas que efetivamente se exercitaram tiveram aumento de 30% de massa muscular.

O que surpreendeu foi que as pessoas que só exercitaram mentalmente tiveram um aumento de 13,5% de massa muscular, sem levantar nenhum peso. Esse resultado se manteve nos três meses seguintes. Isso comprova que ainda não exploramos todo o poder de visualização do nosso cérebro.

Fonte:

Achor, Shan. Grande Potencial. São Paulo: Benvirá, 2018. pág.179
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